Amigos, boa tarde! Faço esse post para falar da dificuldade que é para se publicar uma obra, por mais legal que seja. Enfrentei e ainda enfrento uma grande difuculdade para aprimorar e dar andamento ao meu Projeto Samba Menino. E ele é legal, as pessoas gostam, não existe outro igual. Poxa vida, por que é assim? Certas vezes penso mesmo em desistir. Aí, leio histórias como a do Jorge Luis Martins e tenho todo o estímulo que preciso.
Vale a pena dar uma lida.
[ ] 's Rapha
EX-MENINO DE RUA LANÇA LIVRO INFANTO-JUVENIL
Nascido prematuro de sete meses, pelas mãos de uma parteira
em uma casa emprestada de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto
Alegre, Jorge viveu os primeiros dias de vida dormindo em uma caixa de sapatos
para que os ratos não o comessem. “Minha avó nunca desistiu de mim. Não tive
estrutura familiar. Minha mãe tinha problemas mentais e vagava pelas ruas. Meu
pai foi ausente”, conta. Em 2010, o escritor teve seu primeiro contato com a
literatura com “Meu nome é Jorge” (Ed. O Sonho da Traça): “Comecei a escrever
há uns seis anos. Os conhecidos me estimularam, diziam que a minha vida
precisava ser conhecida por todos”.
'O Menino da Caixa de Sapatos' será lançado nesta semana no RS
Escrever sobre uma história de sofrimento, abandono e
superação não foi fácil, já que a cada linha as memórias reforçavam os
sentimentos e machucados. “Me perguntei se eu teria o dom de escrever. Decidi
que só escreveria sobre a minha vida e que, se mudasse apenas um jovem, já
teria valido a pena”. Foi assim, entre lágrimas e lembranças, que nasceram as
obras que já estão instituídas em escolas municipais do interior do Rio Grande
do Sul como leitura obrigatória. “Criciumal, Tupandi, Taquara, Morro Reuter e
Estância Velha são algumas das cidades em que o livro foi instituído. Participo
também de um projeto na Fase dando palestras”, orgulha-se. A substituição da
palavra "não" foi criada principalmente para contrapor a negatividade
que passou. "Há várias maneiras de tu mostrares as consequências sem dizer
'não'. Às vezes o 'não' deixa as crianças mais curiosas", explica.
A educação nem sempre fez parte do seu cotidiano.
Matriculado em uma escola pública, parou de frequentar na terceira série, pois
sentia vergonha de quem era. “Eu ia rasgado, com chinelo de dedo, sujo, e não
tinha merenda para levar. Duas vezes por semana era servido um lanche e
frequentava mais por isso, para comer. Como eu pegava a merenda dos outros, eu
ficava de castigo. Ninguém chegava perto de mim porque eu me urinava todo,
cheirava mal. Era muito discriminado”.
O passado de Jorge mostra um fato que alarma. Dados
levantados em abril de 2012 pela Fundação de Assistência Social e Cidadania
(Fasc) sobre a população de Porto Alegre que vive nas ruas, apontou que pelo
menos 1.347 pessoas estão sem moradia. Entre 2007 e 2008, Porto Alegre realizou
um estudo em parceria com a UFRGS. Na ocasião foram encontradas 1.203 pessoas
adultas em situação de rua. Na última pesquisa o aumento foi de pelo menos 12%.
"A única coisa que diferencia um homem do outro é a
vontade"
Jorge Luis Martins
Fonte: G1.com