quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A DIFICULDADE para a publicação de uma obra. Uma bela história!



Amigos, boa tarde! Faço esse post para falar da dificuldade que é para se publicar uma obra, por mais legal que seja. Enfrentei e ainda enfrento uma grande difuculdade para aprimorar e dar andamento ao meu Projeto Samba Menino. E ele é legal, as pessoas gostam, não existe outro igual. Poxa vida, por que é assim? Certas vezes penso mesmo em desistir. Aí, leio histórias como a do Jorge Luis Martins e tenho todo o estímulo que preciso.

Vale a pena dar uma lida.

[ ] 's Rapha
 
EX-MENINO DE RUA LANÇA LIVRO INFANTO-JUVENIL
Nascido prematuro de sete meses, pelas mãos de uma parteira em uma casa emprestada de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Jorge viveu os primeiros dias de vida dormindo em uma caixa de sapatos para que os ratos não o comessem. “Minha avó nunca desistiu de mim. Não tive estrutura familiar. Minha mãe tinha problemas mentais e vagava pelas ruas. Meu pai foi ausente”, conta. Em 2010, o escritor teve seu primeiro contato com a literatura com “Meu nome é Jorge” (Ed. O Sonho da Traça): “Comecei a escrever há uns seis anos. Os conhecidos me estimularam, diziam que a minha vida precisava ser conhecida por todos”.

'O Menino da Caixa de Sapatos' será lançado nesta semana no RS
Escrever sobre uma história de sofrimento, abandono e superação não foi fácil, já que a cada linha as memórias reforçavam os sentimentos e machucados. “Me perguntei se eu teria o dom de escrever. Decidi que só escreveria sobre a minha vida e que, se mudasse apenas um jovem, já teria valido a pena”. Foi assim, entre lágrimas e lembranças, que nasceram as obras que já estão instituídas em escolas municipais do interior do Rio Grande do Sul como leitura obrigatória. “Criciumal, Tupandi, Taquara, Morro Reuter e Estância Velha são algumas das cidades em que o livro foi instituído. Participo também de um projeto na Fase dando palestras”, orgulha-se. A substituição da palavra "não" foi criada principalmente para contrapor a negatividade que passou. "Há várias maneiras de tu mostrares as consequências sem dizer 'não'. Às vezes o 'não' deixa as crianças mais curiosas", explica.

A educação nem sempre fez parte do seu cotidiano. Matriculado em uma escola pública, parou de frequentar na terceira série, pois sentia vergonha de quem era. “Eu ia rasgado, com chinelo de dedo, sujo, e não tinha merenda para levar. Duas vezes por semana era servido um lanche e frequentava mais por isso, para comer. Como eu pegava a merenda dos outros, eu ficava de castigo. Ninguém chegava perto de mim porque eu me urinava todo, cheirava mal. Era muito discriminado”.

O passado de Jorge mostra um fato que alarma. Dados levantados em abril de 2012 pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) sobre a população de Porto Alegre que vive nas ruas, apontou que pelo menos 1.347 pessoas estão sem moradia. Entre 2007 e 2008, Porto Alegre realizou um estudo em parceria com a UFRGS. Na ocasião foram encontradas 1.203 pessoas adultas em situação de rua. Na última pesquisa o aumento foi de pelo menos 12%.

"A única coisa que diferencia um homem do outro é a vontade"
Jorge Luis Martins

Fonte: G1.com

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